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Téo Vilela concede aumento de 35% a secretários-adjuntos e diretores

Por Imprensa (quarta-feira, 13/04/2011)
Atualizado em 13 de abril de 2011

Servidores terão reajuste de 5,91%; categorias prometem mobilização


Governador participou de solenidade com presidente do TSE e ressaltou manter aberto canal de negociação Os secretários de Estado e sub-secretários do governo Teotonio Vilela Filho (PSDB) tiveram reajustes salariais mais `generosos’ por parte do Poder Executivo do que os servidores públicos. Na edição do Diário Oficial deste sábado (09), mas só disponibilizada na internet, por meio do portal da Cepal – a Imprensa Oficial Graciliano Ramos -, neste domingo (10), o governador sancionou a Lei Delegada nº 44/11, que definiu a reforma administrativa no Estado. Nela, ele concede aumento nos vencimentos dos sub-secretários, que passarão a ganhar, a partir de maio, 35% a mais.


O reajuste para os secretários adjuntos será de 35%, mesmo percentual que será dado para presidentes e diretores de órgãos ligados a administração direta. Com o aumento, a maior parte deles sairá de um salário de R$ 5,6 mil para R$ 7,6 mil. E o detalhe é que o acréscimo não será divido em duas parcelas, como vai acontecer com os servidores públicos. O valor integral dos R$ 7,6 mil já será creditado em maio.


E o aumento `generoso’ não foi concedido na mesma proporção para os demais ocupantes de cargos de provimento em comissão do Estado, que terão acrescidos em seus vencimentos um percentual de apenas 2,96%.


Entidades prometem mobilização


O reajuste de 35% para os sub-secretários deverá causar ainda mais a insatisfação de categorias de servidores públicos que brigavam por salários melhores, já que, na última sexta-feira (08), Vilela anunciou que só poderia conceder aumento de 5,91% ao funcionalismo público. E, mesmo assim, dividido em duas etapas, sendo a primeira no mês de maio e, a segunda, em novembro deste ano. O reajute para o trabalhador, segundo o governo, vai gerar impacto de R$ 9 milhões aos cofres públicos e foi concedido com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2010.


Mas as explicações para um percentual bem abaixo daquele reinvindicado pelos trabalhadores não convenceram os sindicalistas, que alegam que o valor de 5,91% não atende às necessidades das categorias e não corresponde aos quatro últimos anos de arrocho salarial.


O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) garante que os professores não aceitarão a proposta do governo. A categoria cobra um reajuste de 25% para o magistério e de 17% para a educação básica. A vice-presidente do sindicato diz que o Sinteal encabeçará mobilização contra o que chamou de `reajuste vergonhoso’.


“Recebemos estarrecidos e perplexos essa atitude do governo do Estado. Estamos diante de uma administração que não trabalhou pela valorização do servidor. A gestão do governador Teotonio Vilela só concedeu gordos reajustes a secretários e funcionários do alto escalão e fez isso para que os administradores fiquem mais próximos dele e, do outro lado, apertem os trabalhadores. Ele só se esqueceu que é o funcionário quem põe a mão na massa, quem impulsiona a máquina pública e o retorno que temos dele é esse tratamento injusto”, condenou Célia Capristano, presidente do Sinteal.


E a sindicalista prometeu atos de protesto para esta próxima semana. “Nós haveremos de fazer grandes movimentos para que o governo reflita sobre as suas incoerências. Temos assembleia na próxima quarta-feira e, se o governo ficar irredutível, as categorias darão a resposta. Todos os sindicatos estão juntos”, alertou ela.


Governo promete conversar com servidores nesta segunda-feira


O Teotonio Vilela Filho, depois de receber críticas das entidades ligadas às áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública, afirmou que só vai se manifestar sobre a insatisfação por parte dos sindicatos e associações de classe nesta segunda-feira (11). O chefe do Executivo garantiu que manterá aberto o canal de negociação com todas as categorias e afirmou que o governo quer aplicar uma política salarial justa para os servidores.


Secretarias


Além do aumento aos secretários, diretores e presidentes, Teotonio Vilela também sancionou, na lei delegada, a nova estrutura administrativa do governo do Estado, que passa a contar com 20 secretarias.


Secretários tiveram aumento de 135% em dezembro


No dia 30 dezembro do ano passado, por meio da Lei nº 7.229/10, publicada no Diário Oficial, o governador Teotonio Vilela reajustou os salários dos secretários de Estado. O aumento foi de 135% e beneficiou todos os integrantes do 1º escalão da equipe tucana. O `presente de Natal’ foi condenado, à época, pelos sindicalistas.


Pela lei os vencimentos dos secretários saltaram de R$ 6,5 mil para 15,3 mil mensais.


Fonte: Gazetaweb

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