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Por Imprensa (terça-feira, 4/07/2017)
Atualizado em 4 de julho de 2017
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, e o vice-presidente do Sindicato, Ricardo Nazário, participaram de uma reunião no Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) para discutir sobre modelo de funcionamento das delegacias. No encontro, o presidente do Conseg, Maurício Breda, convidou o Sindpol para fazer parte do grupo de trabalho do Conselho.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, entregou ofício ao Conseg, reiterando a solicitação de o Sindicato possuir representante no Conselho. Mauricio Breda chegou a alegar que o Conselho possui representante da Polícia Civil. Mas, Josimar Melo esclareceu que a solicitação do Sindpol é para ter representante da categoria, e não da instituição policial.
O presidente do Sindpol informou que, a pedido do sindicato, foram realizadas sessões públicas na Câmara Municipal de Maceió e na Assembleia Legislativa para debater o fechamento das delegacias distritais à noite.
Os dirigentes do Sindpol ressaltaram a importância das delegacias funcionando à noite. “A delegacia distrital acolhe a população. É na delegacia que ocorre o primeiro atendimento. O fechamento é um prejuízo à população que perderá o apoio dos policiais”.
O vice-diretor Jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, revelou que a Delegacia Geral diz que está ‘otimizando’ o trabalho da Polícia Civil com o fechamento das delegacias à noite para colocar vídeo monitoramento. “Isso é um retrocesso na segurança pública. Demonstra fragilidade e recuo do Estado. Haverá fortalecimento da criminalidade”.
Motivação
Ricardo Nazário destacou que existem aproximadamente 800 policiais civis aptos a se aposentarem, mas que o Estado não motiva esses policiais a permanecerem na Polícia Civil. Informou que as precárias condições de trabalho, baixos salariais e desvio de função com a custódia de preso desmotivam a categoria e impedem a realização da principal função que é a investigação.
O sindicalista disse também que a otimização que a população quer é a realização de concurso público para a Polícia Civil, a qual está carente de dois mil policiais. Ele destacou que os prédios dos Centros Integrados de Seguranças Públicas (CISPs) já apresentam precárias condições estruturais de funcionamento em pouco tempo de construção.
Além do Sindpol, também compareceram à reunião os representantes da Aspol, da Secretaria de Segurança Pública e da Delegacia Geral.
Terceirização
O vice-diretor Jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, ficou chocado com a proposta defendida pela Aspol de contratação de agente administrativo terceirizado com pagamento de um salário mínimo.
O sindicalista também ficou surpreendido que a Aspol citou haver 200 policiais na Delegacia Geral, os quais poderiam ser reaproveitados nas delegacias, após a contratação dos terceirizados.
Ricardo Nazário destacou que, em nome da diretoria do Sindpol, ficou revoltado com a proposta, onde o Sindicato é totalmente contra a terceirização e lamenta muito quando a proposta vem de alguns policiais civis, “quando sabemos que o governo do Estado quer a terceirização e o desmonte da Polícia Civil”.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, informou que faz parte da pauta de reivindicações da categoria a realização de concurso público para agentes administrativos da Polícia Civil como já ocorre na Polícia Federal.
Trabalho
Mauricio Breda parabenizou a quantidade de inquérito concluindo e disse que as delegacias deveriam fazer flagrantes. Ele destacou que é contrário à centralização dos trabalhos, como é o caso da Central de Flagrantes e manifestou posição favorável para que as delegacias realizem flagrantes.
O Conselheiro fez o convite ao Sindpol para ter representante do Sindicato com igualdade de voto no grupo de trabalho do Conselho Estadual.
A direção do Sindpol se comprometeu a entregar novamente ao Conselho a proposta de segurança pública que foi aprovada pelo Congresso dos Policiais Civis.
