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Sindpol alerta para o risco do assédio moral que pode levar ao suicídio
Delegados, Agentes e Escrivães denunciem

Por Imprensa (quarta-feira, 4/09/2019)
Atualizado em 4 de setembro de 2019

Ações abusivas manifestadas por gestos, palavras, comportamentos e atitudes repetitiva ou sistematizada, contra a dignidade ou integralidade, psíquica ou física da pessoa, em ambiente de trabalho caracteriza o assédio moral. E quando eles se tornam frequentes traz sérias consequências à vida do policial civil e ao trabalho, atingindo sua autoestima, provocando transtornos mentais eventualmente desencadeadores do suicídio.

Segundo uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde – OMS a depressão será até 2020, o maior motivo de afastamento do trabalho no mundo. No Brasil, cerca de 5,8% da população tem a doença, o que faz do país o campeão de casos de transtornos de ansiedade na América Latina.

Ocultar a discussão, não é o melhor caminho para o enfrentamento do suicídio e nem para o assédio. Diante destas informações e como política de saúde pública a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas – Sindpol orienta que os policiais civis que estão sofrendo com os assédios moral e sexual, denunciem ao sindicato. A entidade está disponível para prestar apoio à categoria.

Perseguição
As agressões podem ser sutis ou graves, mas sempre com consistência e repetição. Os policiais civis que já sofrem excessiva carga horária, falta de efetivo, trabalham em ambientes precários e isolados, executam funções que não são de sua atribuição, tendem a ser vítimas fáceis do assédio.

Na maioria das vezes, o agressor é o superior hierárquico. Também pode ocorrer entre os colegas.

Já o assédio sexual é crime, previsto no Código Penal, que geralmente se dá contra as mulheres, mas pode acontecer com os homens. A principal característica é a insistência na abordagem ou contato físico, quando a vítima recusa tal procedimento.

Segundo uma pesquisa, realizada em 2015 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 39,2% das Mulheres nas Instituições Policiais declaram ter sido vítimas de algum tipo de assédio (moral ou sexual) dentro da corporação. Dentre essas, 74,5% se declaram vítimas de assédio moral e 25,5% afirmam ter sido assediadas sexualmente, sentindo-se desrespeitadas ou forçadas a dar consentimento. Entre os homens, dos 20,1% que declararam que foram assediados, 95,6% sofreram assédio moral.

O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destaca que o assédio moral é um problema constante na Polícia Civil. “O assédio moral perpetrado frequentemente por um superior hierárquico adoece, causa depressão e pode levar o policial civil a tirar a própria vida. ” Completa.

O policial que sofrer ou flagrar deve denunciar e mostrar sua indignação. É importante colher provas materiais:
– Anote dia, hora e local dos fatos sempre que ocorrerem.
– Evite conversar com o agressor sem testemunhas. Tenha outros colegas por perto sempre que possível. Pessoas externas ao ambiente de trabalho e que presenciaram as agressões também são importantes (anote nome, endereço e telefone para contato).
– Exija por escrito explicações do ato agressivo e permaneça com cópia.
– Gravações de áudio e vídeo são peças importantes que vão valer em seu favor.
– Guarde papéis, fotografias, e-mails e objetos que possam contar a seu favor durante a apuração da denúncia.
– Faça bom uso da lei, ela serve para proteger você.

Identifique situações de assedio:
Isolado dos demais colegas;
Impedido de se expressar sem justificativa;
Fragilizado, ridicularizado e menosprezado na frente dos colegas;
Chamado de incapaz;
Torna-se emocionalmente e profissionalmente abalado, o que leva a perder a autoconfiança e o interesse pelo trabalho;
Propenso a doenças;
Forçado a pedir demissão.

Identifique o assediador:
Se comporta através de gestos e condutas abusivas e constrangedoras;
Procura inferiorizar, amedrontar, menosprezar, difamar, ironizar, dar risinhos;
Faz brincadeiras de mau gosto;
Não cumprimenta e é indiferente à presença do outro;
Solicita execução de tarefas sem sentido e que jamais serão utilizadas;
Controla (com exagero) o tempo de idas ao banheiro;
Impõe horários absurdos de almoço, etc

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