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Policiais civis fortalecem a luta nacional contra as reformas da Previdência e Trabalhista

Por Imprensa (sexta-feira, 26/05/2017)
Atualizado em 26 de maio de 2017

Os policiais civis se juntaram aos demais trabalhadores público e privado para realização do maior ato público de protesto da história de Brasília. Foram 200 mil pessoas que ecoaram palavras de ordens contra as reformas da Previdência (PEC 287/2016) e Trabalhista (PLC 38/2017), mostrando ao governo Temer o poder de mobilização e de luta da classe trabalhadora.

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), atendendo ao chamamento da Confederação dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), participou das atividades de mobilização da Confederação e do ato público #OcupaBrasília.

“A manifestação foi importante para firmar a união dos policiais civis de todos os estados do Brasil e da classe trabalhadora, mostrando o descontentamento com a política do governo, buscando barrar as reformas Trabalhista e Previdenciária. “Não aceitamos a retirada de direitos previdenciário e trabalhista, bem como a corrupção no Brasil. É um governo que não representa os trabalhadores”, revela o vice-diretor Jurídico, Ricardo Nazário.

Repressão – O governo já estava preparado para reprimir brutalmente os manifestantes, além de bloquear a entrada da Praça dos Três Poderes. Os trabalhadores foram recebidos a base de balas de borracha, armas de fogo, bombas de gás lacrimogêneo. Mais de 40 pessoas ficaram feridas. O governo Temer não satisfeito, colocou as Forças Armadas para oprimir mais a manifestação. Mas os trabalhadores resistiram e demostraram força e coragem à luta.

O 2º vice-presidente do Sindpol, Carlos José, ressalta a importância do ato público histórico pela quantidade de trabalhadores presentes. Revela também a participação de mais de mil policiais civis na manifestação.

O sindicalista destaca que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal tinha informações de que grupos infiltrados, como os Black Blocs, iriam agir na mobilização de forma violenta, mas que a força policial não fez nada. “Esses atos foram usados para desqualificar a grande manifestação popular, que foi convocada pelos organizadores de forma pacífica e ordeira”.

De acordo com ele, o objetivo da mobilização foi alcançado. “A Cobrapol mostrou ao governo que tem força para organizar e mobilizar os policiais civis do país em busca dos direitos”, revela Carlos José.

Direitos – O presidente do Sindpol, Josimar Melo, informa que a unidade dos policiais civis e dos trabalhadores fortaleceu a grande manifestação, dando um recado ao governo e ao Congresso Nacional de que essas reformas não passarão. “O Sindpol está na luta para defender os direitos dos trabalhadores e dizer não à reforma da previdência”, concluiu.

A 3ª Secretária do Sindpol, Arlete Bezerra, disse que o dia 24 de maio de 2017 entra para os anais da história. “Sem dúvida, um dos maiores números de pessoas já vistas de todas as correntes sindicais e populares, unidas num só coro contra as bizarrices do Governo Temer, contra a Reforma da Constituição Federal”.

Ataques – A sindicalista revela que, antes do ato “OcupaBrasília”, foram feitas reuniões entre dirigentes da Segurança Pública de Brasília e as entidades organizadoras, dentre elas, a Cobrapol, onde foi acordado que haveria delimitação de área defronte ao Congresso Nacional, obedecendo o protocolo de segurança. “A caminhada se iniciou por volta das 12 horas e transcorreu de maneira ordeira e pacífica até chegar nas proximidades do Congresso, onde mais de cinco mil policiais militares, Força Nacional, Polícia Legislativa fizeram barreiras físicas e começaram a usar armas não letais contra o povo. Fuzileiros Navais se postaram defronte ao Ministério das Relações Exteriores. O cenário de pacificidade se transformou em ataques. Três helicópteros da segurança pública de Brasília começaram a jogar bombas de efeito moral, inclusive acertando na cavalaria, o que trouxe enorme perigo aos próprios policiais militares”.

Arlete Bezerra destaca que o desgaste político do governo Temer é incomensurável. “Jornais do mundo inteiro noticiaram seu desespero em se agarrar a cadeira presidencial, sua insensatez ao convocar o Exército”, acrescentado que “para quem tem consciência da bandalheira que impera no promíscua Brasília, o protesto é basilar da democracia”.

Rolo Compressor – O Conselheiro Fiscal do Sindpol Sidney Ribeiro alerta para tentativa de o governo buscar desqualificar o movimento dos trabalhadores, jogando para mídia uma quantidade irrelevante de participante, quando oscilou entre 150 e 200 mil de pessoas. “A sociedade precisa abrir os olhos com esse rolo compressor no Congresso Nacional”, disse, revelando ainda que o Ministério da Agricultura, comandado por Blairo Maggi, que é investigado pela Lava Jato, foi incendiado por grupos infiltrados. “O governo usa o fato para jogar o movimento contra o povo”, destaca.

No contexto geral, a mobilização nacional foi uma vitória da luta dos trabalhadores, da mesma forma como ocorreu a Greve Geral de 28 de abril, objetivando barrar as reformas e reverter os projetos que já foram aprovados, que retiraram direitos dos trabalhadores, bem como denunciar a corrupção no governo Temer e de todos os políticos envolvidos nas operações da Polícia Federal.

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