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Entidades emitem notas de repúdio ao Governo de AL que tenta impedir denúncia das precárias condições nas delegacias

Por Imprensa (terça-feira, 7/11/2017)
Atualizado em 19 de novembro de 2017

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Ricardo Nazário, recebeu notas de solidariedade e de repúdio contra a tentativa de impedir as denúncias sobre as precárias condições de trabalho dos policiais civis nas delegacias de Alagoas.

O Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal), a Ordem dos Policiais do Brasil (OPB), Agentes Federais do Brasil, o Fórum Estadual de Segurança Pública de Alagoas, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-AL), o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Alagoas (Sindjus-AL), profissionais da segurança pública e sindicalistas publicaram nota de repúdio ao Governo de Alagoas e de apoio ao Sindpol.

Nas notas das entidades, destacam-se que o Governo do Estado quer esconder a realidade das delegacias da Polícia Civil, mascarar a insegurança pública e o caos da violência que atinge os alagoanos.

“A ação do Executivo nos remete à época de exceção, onde a liberdade sindical era atacada com força desproporcional e muitos colegas pagavam com a própria vida”, revela nota do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp).

Em nota, o Sindjus-AL destaca que o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, estava exercendo o seu papel de representante dos policiais civis e de dirigente classista, fiscalizando as condições de trabalho de sua categoria. “A coordenação do Sindjus-AL manifesta todo o apoio à direção do Sindpol para superar os ataques do Governo do Estado contra o Sindicato e a categoria”.

Para a CUT, “O governo do Estado se volta contra o policial civil e o trabalhador alagoano, utilizando-se da Corregedoria para intimidar o Sindpol, que tem o dever de fiscalizar o local onde os policiais civis exercem suas funções”, revela parte da nota, acrescentando que se trata de um ataque à liberdade sindical. “Em vez de intimidar a categoria, o Governo do Estado deveria valorizar os policiais civis e oferecer melhores condições de trabalho”, defende a presidente da CUT, Rilda Alves.

O Sinpofal, a OPB, os Agentes Federais do Brasil e o Fórum Estadual de Segurança Pública de Alagoas rechaçam a perseguição ocorrida no meio da Polícia Civil. “Orientamos que todos os policiais e sociedade não relutem em denunciar as arbitrariedades e os descasos do Governo do Estado com a segurança pública”, informando que o “procedimento na Corregedoria de Polícia é um ataque à liberdade sindical e à organização dos policiais, não só Civis, mas de todo Estado de Alagoas e do Brasil”.

A denúncia

Em 27 de setembro, o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, e diretores do Sindpol realizaram inspeção na Delegacia de União dos Palmares, que teve novo pedido de interdição pela Defensoria Pública do Estado.

Uma equipe da TV Pajuçara acompanhou o Sindpol e mostrou as condições precárias de trabalho na regional. Por conta disso, o presidente do Sindpol recebeu intimação da Corregedoria de Polícia e está respondendo por desacato a autoridade, indisciplina, exposição de vida e exposição de fuga de preso.

A diretoria do Sindpol está realizando inspeção nas delegacias e nos Centros Integrados de Segurança Pública (CISPs) de Alagoas para fiscalizar as condições estruturais dos prédios, verificar a quantidade de preso e avaliar a acomodação dos policiais civis.

Apesar da ação do governo alagoano, o Sindpol manterá as denúncias, mostrando a realidade das delegacias à população.

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