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Delegacia da mulher pede socorro

Por Imprensa (segunda-feira, 11/05/2015)
Atualizado em 11 de maio de 2015

Estive na Delegacia da Mulher no Centro de Maceió, era manhã, e esperava encontrar a unidade lotada de gente, como de costume. Otimista, imaginei que tivesse ocorrido expressiva redução no número de ocorrências de violência doméstica, mas não era o caso.

Com efetivo de apenas 16 policiais, incluindo a Delegada e as chefias de cartório e de operações, a unidade não consegue atender as demandas decorrentes da violência doméstica, com média de 50 boletins de ocorrências (BO’s) lavrados diariamente. É muito trabalho para poucos policiais.

A Delegacia da Mulher é a que mais produz inquéritos policiais, eram mais de 100 por mês, hoje tem média de 50, número que à primeira análise seria insignificante em relação ao quantitativo dos BO’s diários, mas não é o que acontece. Ali são realizadas as audiências preliminares de esclarecimentos e orientações, momento em que as partes conflitantes mais das vezes encontram o caminho da conciliação, resultado do efetivo trabalho de mediação no ambiente policial. As audiências tomam muito tempo, serviço que poderia ser compartilhado com a vizinha secretaria municipal de assistência social.

No horário de expediente a Delegacia da Mulher recepciona e lavra os autos de prisão em flagrante delito, procedimento em que é empregada a quase totalidade do efetivo, em razão da complexidade da ocorrência, exigindo deslocamento ao ambiente doméstico da vítima e do agressor objetivando assegurar os primeiros atendimentos assistenciais e de proteção aos vitimados direta e indiretamente.

Nos casos de violência sexual, equipe de policiais encaminham as vítimas à Maternidade Escola Santa Mônica, referência nesse tipo de atendimento, para que sejam ministradas medicações de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis; em seguida, são conduzidas ao Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito.

Há ocorrências em que o agressor se apresenta surtado, com elevado potencial de risco de agressão aos policiais, sem que ali tenha disponível equipe de intervenção para imobilização e encaminhamento à unidade de saúde adequada.

A equipe policial não reclama do volume de trabalho, sem críticas, roga apenas por melhores condições para o pleno atendimento a vítimas da violência doméstica.

http://blogsdagazetaweb.com.br/segurancaemfoco: Flávio Saraiva

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