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Sindpol alerta para o aumento da violência em Alagoas

Por Imprensa (quinta-feira, 2/02/2017)
Atualizado em 2 de fevereiro de 2017

O Sindicato dos Policias de Civis de Alagoas (Sindpol) chama a atenção da população e dos policiais civis para o crescente aumento da violência em Alagoas. Apesar da propaganda oficial do governo que divulga a redução de violência, o Boletim Anual de Estatística Criminal, divulgado no final do mês de janeiro pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), apontou um aumento do número de assassinatos registrados no Estado entre os anos de 2015 e 2016.

Os números contabilizados chegam a 1.875 crimes violentos letais e intencionais, 1.695 homicídios dolosos – simples e qualificado, 61 roubos seguido de morte – latrocínio, 111 resistências com resultado morte e 8 lesões corporais seguidas de morte. Dados não oficiais fazem comparativo alarmante do mês de janeiro de 2016 e o mês de janeiro de 2017 dos casos de homicídios que subiram 31% no Estado de Alagoas. Em Maceió, a situação é mais drástica. No mesmo período, o índice subiu para 123%.

Violência aos policiais – Nessa onda de violência, os policiais também são vítimas. Segundo o Mortômetro, instrumento criado pela Ordem dos Policiais do Brasil (OPB), para o monitoramento do aumento da violência contra policiais (militares, civis, federais, rodoviários federais, ferroviários federais, legislativos, agentes penitenciários, agentes de trânsito, guardas municipais, guardas portuários e bombeiros), de janeiro a dezembro 2015 foram mortos 493 profissionais de segurança pública em todo o Brasil. Corresponde a 1,35 por dia. Só em Alagoas foram 19 mortos em 2015.

Outro fator preocupante são as organizações criminosas que controlam o crime organizado em Alagoas, deliberando ações que envolvem o tráfico de drogas e crimes contra o patrimônio, a fim conseguirem financiamento para as práticas delituosas desenvolvidas no Estado em que dominam as periferias. Recentemente, dois ônibus foram incendiados na semana passada.

Prevenção – Em janeiro deste ano, a Delegacia Geral divulgou uma circular orientando os policiais civis a redobrarem os cuidados com possíveis ataques às unidades policiais, viaturas e a integridade física do policial. Mesmo com a intensificação no final do mês, a Polícia Militar frustrou um possível ataque a delegacia da capital.

Delegacias à noite – Embora a população clame por segurança, o Estado insiste em retirar os policiais das delegacias à noite, tornando o sistema de segurança ainda mais precário para a comunidade, uma vez que os policiais inibem as ações criminosas nas proximidades, além de ser o primeiro local procurado pelo cidadão, quando ele é vítima da violência.

Apreensiva com a possibilidade do fechamento das delegacias, a Secretária da Mulher, Claudia Simões, procurou a Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial para manifestar a preocupação com as Delegacias das Mulheres, que não funcionam 24 horas em Alagoas. A secretária destacou que os horários de maior índice da violência doméstica ocorrem depois das 18 horas e nos finais de semana.

“Esse levantamento é um alerta para a necessidade urgente de um amparo para os profissionais de segurança, que são alvo em potencial da violência, mas não recebem o devido reconhecimento por parte do Estado, frequentemente jogados às ruas e sem material de trabalho adequado, fragilizando a categoria. A população clama por socorro, a violência ultrapassou barreiras e os profissionais que a combatem também são vítimas”, revela a diretoria do Sindpol.

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